Estas perguntas são a mais frequentes dos meus pacientes, por isso resolvi fazer este post.
- Será que o corticóide é vilão?
- Será que ele ajuda?
- Ele piora a imunidade?
- Aumento risco de infecção pelo COVID-19?
Vamos aos tipos de corticóides:
Corticóide inalado – aquele que fazemos nas bombinhas para tratamento da asma são muito seguros e podem utilizados por tempo prolongado. Não aumentam risco de infecção pelo COVID-19! Eles ajudam os pacientes a se manterem controlados e dessa forma evitar exacerbações ou crises mais graves. É muito mais perigoso deixar a doença sem controle. Não suspenda!
Obs: Os corticoides dessa família também podem ser deglutidos nos paciente com esofagite eosinofílica e são seguros da mesma forma que foi comentado para o uso na Asma.
Corticóide nasal: Usado em rinite. É bem seguro e não deve ser suspenso! O importante é sempre pensar no controle da doença! Ele também não aumenta o risco de infecção pelo COVID-19!
Corticóides tópicos: Usados bastante nos pacientes com dermatite atópica, dermatites de contato e reação a picada de inseto. Essas medicações tópicas pertencem a uma família na qual teremos que avaliar a taxa de absorção e a área corporal que está sendo utilizado. Então, tudo depende da superfície corporal que está sendo aplicado e se esta usando corticoides topicos de alta potência! Não existe dados sobre sua relação com a infecção do coronavírus.
Corticóides orais e injetáveis: Esta família normalmente oferece risco e nesta atual situação de pandemia os seus usuários podem estar no grupo de risco. Dessa forma, aqueles pacientes que seu uso é necessário devem aumentar a atenção com os cuidados para prevenção do COVID-19 e realizar o isolamento social que é crucial.
Aqueles pacientes que usaram por curto período ou de forma esporádica não tem o risco aumentado necessariamente. Lembrando que este tipo de corticoide não é xarope para tosse e não deve ser utilizado de maneira indiscriminada. Deve ser reservado para as crises de asma graves ou quando o médico julgar necessário.
Mantenham sempre o tratamento proposto pelo seu médico, de forma regular. Não suspendam as medicações sem conversar com o seu médico!
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